sexta-feira, 17 de setembro de 2010

17 de Setembro de 2010. 31 Anos da conquista do meio-passe estudantil em São Luís MA


Neste 17 de Setembro, a luta estudantil pela meia-passagem completa 31 anos. A chamada Greve de 79 tornou-se um dos grandes momentos de mobilização registrados na História maranhense. Iniciada pelos estudantes secundaristas, revoltados com o aumento de passagens concedido de surpresa pela Prefeitura de São Luís, a greve teve como lideranças os estudantes universitários da UFMA e conquistando o apoio professores, trabalhadores e constituiu-se numa espécie de "Maio de 68" da juventude maranhense. A greve de 79 explica-se mais pelo que denominaríamos de grito sufocado do que pela reivindicação em si ao direito à meia-passagem. Em pleno tempo de Ditadura, o conjunto da sociedade vinha de um ciclo de altíssima repressão ao movimento social, com tortura, exílio e morte de muitas das lideranças democráticas do País. Sem a possibilidade de livre manifestação política, de liberdade de imprensa e direito à livre organização, o contexto motivou o apoio popular à bandeira estudantil. O apoio à meia-passagem representou um grito contra a censura, o regime militar, a carestia, o assassinato desenfreado de trabalhadores rurais na luta contra a grilagem de terras, à falta de moradia e de pão e feijão na mesa dos maranhenses! O movimento tomou essa dimensão por conta da unidade interna de suas lideranças. Naquela época de retomada da reorganização das entidades estudantis (UBES, UNE e DCE´s), Coelho Neto, Agenor Gomes, Renato Dionísio, Jomar Fernandes, Joãozinho Ribeiro, Juarez Medeiros, dentre outros, embora diversos em suas concepções de movimento estudantil, só posteriormente dividir-se-iam em opções partidárias, como PMDB, PDT, PT ou PSB. O momento histórico tornava o movimento estudantil a única expressão possível da sociedade maranhense sob o regime autoritário. A ponta de lança da luta pelo fim regime dos generais. Este grito sufocado ecoou na tribuna da Assembléia pelos discursos do então deputado estadual Haroldo Saboia, nas páginas do Jornal Pequeno a partir da intuição democrática de José Ribamar Bogéa, nas reuniões de mobilização do Pe. Marcos Passerini nos fundos da Igreja de São João, nos bairros por meio dos núcleos populares em ebulição, mas sobretudo nas ruas de São Luís através da garganta de cada estudante. Tão grande quanto a mobilização da Greve de 1979 foi sua repressão. O caráter bipartidário da sociedade da época (MDB ou Arena) fez crer às autoridades de plantão (Governador João Castelo, Prefeito Mauro Fecury, reitor Cabral Marques) que o movimento não era outra coisa senão coisa dos comunistas! Se mobilizar 35 mil pessoas nos dias de hoje já é algo extraordinário, imaginem na São Luís de a três décadas atrás. Maior ainda a repressão a tantos. Pouquíssimos não registraram em suas memórias as bordoadas, cacetetes e chutes da Polícia Militar. Muito maior, contudo, a reação popular: quebra-quebra de ônibus, revolta nos bairros, mais mobilização. Uma pichação nos muros da UFMA revela bem ao ponto que a disputa chegara: meia-passagem ou meia cidade! O desfecho das negociações em torno do pleito, em mediação pela OAB, garante o passe escolar aos estudantes numa fórmula que constantemente traz à tona o equívoco da mediação entre não desagradar empresários de ônibus e atender as reivindicações dos estudantes: o estudante paga meia, mas o montante de meia-passagens entre no cálculo da tarifa. Na prática, quem não paga a meia paga uma e meia. O passe personalizado, o limite de meia-passagens e o cartão eletrônico de hoje apenas são remendos à tentativa de sustentar esta fórmula que, concretamente, limita o direito à meia-passagem conquistado pelos estudantes em 79. O certo seria a meia paga na borboleta dos ônibus sem incidir no cálculo tarifário. À parte a polêmica da atualidade, o fato é que a Greve de 79 enraizou no imaginário popular de São Luís a disposição de luta, de resistência e de ilha rebelde que os setores oposicionistas cultivam sobre a capital maranhense. Rememorar a cada ano esta conquista faz um bem danado à luta popular e à História do Maranhão, ainda que faça torcer o nariz dos "donos do poder". Nestes 31 anos da luta pela meia-passagem, vale a pena dar um viva à atitude dos estudantes que em 79 ousaram lutar e ousaram vencer!

Aconteceu em 17 de setembro



TODOS DEVEM SABER







Os corpos de Lamarca (acima) e barreto, exibidos p ela ditadura

1971 - Dia do Lamarca

Após dias de caçada humana no sertão baiano, a repressão encurrala e executa a sangue-frio em Ipupiara o capitão-guerrilheiro Carlos Lamarca. Abatido na mesma ocasião José Campos Barreto, também militante do MR-8.



FONTE:vermelho.org.br

"Pacto da Juventude" ganha adesão de candidatos em todo o Brasil


Faltando menos de 20 dias para o final das eleições, o Pacto da Juventude já conquistou a assinatura de diversos candidatos. Confira a lista de quem aderiu e veja como participar

O Pacto da Juventude, elaborado pelas 67 organizações que representam a Sociedade Civil e que compõem o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) conseguiu até o momento a adesão de 30 candidatos, a maioria deles postulantes ao cargo de governador. As assinaturas são resultado de intensa movimentação das organizações do Conjuve e, também, da cibermilitância iniciada pelas entidades estudantis UNE, UBES e ANPG.


Agendas previstas para os próximos dias aumentarão ainda mais o número de apoiadores. Candidatos e candidatas aos governos federal, estaduais e municipais estão sendo convidados a ratificarem o Pacto, comprometendo-se no planejamento de políticas públicas de juventude em suas plataformas eleitorais e, posteriormente, seu desenvolvimento quando eleitos.

Para a conselheira representante da Sociedade Civil e diretora institucional da UNE, Marcela Rodrigues, a organização da sociedade foi fundamental para a quantidade de assinaturas. “ Estamos muito satisfeitos com os resultados. Isso prova o quanto a juventude está mobilizada e sabe a importância de massificar o nosso Pacto”, afirma.

O documento visa a construção conjunta de uma agenda pública de juventude condensada em 12 eixos temáticos que tratam de incentivo, marco legal, educação, trabalho, políticas afirmativas, cidadania, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, moradia, acesso a terra e participação.

Garantir o direito à informação e à comunicação, bem como o acesso a novos conhecimentos, estudos e pesquisas; institucionalizar políticas que promovam a inserção dos jovens em condições dignas de trabalho e criar política de financiamento para a compra de imóvel no campo e na cidade - prioritariamente para os jovens de baixa renda - são algumas das propostas contidas no Pacto.

Pacto na pauta e na mídia
A iniciativa tem chamado a atenção da mídia. O conselheiro representante da Sociedade Civil no Conjuve, Gabriel Medina, foi convidado a participar do programa Login da TV Cultura, esta semana. Na pauta, assuntos como ativismo jovem e a defesa de seus interesses foram ganchos para a divulgação do Pacto da Juventude.

Na ocasião Medina falou sobre a realidade da juventude atualmente e traçou paralelos com épocas anteriores. “A perspectiva é que se amplie isso”, comentou, falando sobre o balanço de adesões. “Não é uma tarefa fácil. Temos enfrentando muita dificuldade para que os candidatos se comprometam. Acho que é importante divulgar e pedir para que a juventude nos ajude a cobrar os seus candidatos”.
Assista aqui a participação de Gabriel Medina no Login

Cibermilitância, faça parte!
As entidades do movimento estudantil UNE, UBES e ANPG se uniram e estão convocando todas as suas redes em defesa do Pacto pela Juventude 2010. Iniciaram uma cibermilitância pelo Twitter. É muito simples e todos podem participar, basta enviar a mensagem abaixo para os candidatos:

Convidamos a assinar o PACTO pela JUVENTUDE todos/as os/as candidatos/as à Presidência, Senado, Câmara dos Deputados e Gov. Estaduais!!! #pacto2010

“Muitos falam que a juventude não é motivada como nas décadas anteriores, mas a cibermilitância mostra que, através deste novo instrumento de mobilização, os jovens tem conseguido lutar por seus direitos”, afirma Marcela.

Ainda no mundo da web, no blog do Pacto da Juventude você poderá ler o documento na íntegra, conferir a foto dos candidatos que já assinaram e conhecer um "passo-a-passo" sobre como realizar uma atividade do Pacto. (pactopelajuventude.worpress.com)

"O Pacto é nosso. Vamos juntos construir mais essa vitória para a juventude brasileira!", complea Marcela.

Veja abaixo o balanço atual de adesão do Pacto da Juventude:

01 - Marina Silva – Presidente – PV
02 - Guilherme Leal – Vice Presidente – PV
03 - Jefferson Praia - Senador/AM - PDT
04 - Ciro Nogueira - Senador/PI - PP
05 - Alfredo Nascimento - Governador / AM – PR
06 - Tarso Genro - Governador/RS – PT
07 - Ana Júlia - Governadora/PA – PT
08 -Wilson Martins - Governador/PI – PSB
09 - Flávio Nogueira - Vice Gov./PI – PDT
10 - João Vicente Claudino - Governador/PI – PTB
11 - Íris Rezende - Governador/GO – PMDB
12 - Osmar Júnior - Dep. Federal/PI - PCdoB
13 - José Genoino - Dep. Federal/SP – PT
14 - Pedro Eugênio - Dep. Federal/PE - PT
15 - Manuela d’Ávila - Dep. Federal/RS – PCdoB
16 - Hélcio Silva - Dep. Federal/SP – PT
17 - Pedro Eugênio - Dep. Federal/PE – PT
18 - Manuela d’Ávila - Dep. Federal/RS – PCdoB
19 - Hélcio Silva - Dep. Federal/SP – PT
20 - Robert Rios - Dep. Estadual/PI – PCdoB
21 - Dr. Pinto - Dep. Estadual/PI – PDT
22 - Flavinho - Dep. Estadual/PI – PDT
23 - Rui Falcão - Dep. Estadual/SP – PT
24 - Tani Vieira - Dep. Estadual/RS – PT
25 - Raul Carrion - Dep. Estadual/RS – PCdoB
26 - Júlio Brizzi - Dep. Estadual/CE – PDT
27 - Maurício Piccin - Dep. Estadual/RS – PT
28 - Volnei Campagnoni - Dep. Estadual/RS – PCdoB
29 - Flávio Oliveira Nascimento – Chicão - Dep. Estadual/GO – PCdoB
30 - Evaldo Gomes - Dep. Estadual/PI – PTC


Thatiane Ferrari

FONTE: ESTUDANTENET

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Grêmio estudantil: saiba o que é o como participar


Qual o estudante nunca se deparou e se perguntou o motivo pelo qual algum setor na escola muitas vezes não funciona, por exemplo, a quadra poliesportiva com o piso danificado ou a biblioteca sem livros suficientes? Pois é. Fatos como este acontecem de forma recorrente em muitas instituições brasileiras. E o que você faz para reverter esse quadro?


Já se informou se na sua unidade escolar existe um grêmio estudantil? Isso mesmo! Por meio dele, os jovens podem se organizar para representar os interesses do estudante e fazer com que eles participem de forma mais direta nas atividades e gestão de sua escola.

Prestes a completar 25 anos da aprovação do grêmio livre, no próximo dia 4 de novembro, a medida veio para regulamentar e legitimar os interesses dos estudantes secundaristas no que diz respeito às atividades culturais, sociais, cívicas esportivas e, acima de tudo, educacionais da instituição de ensino.

Eleições

Nesse período, houve muitas conquistas protagonizadas por alunos através dos grêmios em todo o Brasil. À beira das eleições presidenciais deste ano, é impossível deixar de pensar no amadurecimento político em que o jovem é submetido ao participar das atividades lideradas pelo grêmio estudantil. Esse fato é comprovado com o resultado da última campanha “Se Liga 16”, idealizada pela UBES e que mobilizou em três meses mais de 200 mil jovens de 16 a 17 anos a tirarem o título de eleitor em todo o Brasil.

Para Yann Evanovick, presidente da UBES, “o contato do jovem com as questões políticas do país, se iniciando através do grêmio estudantil, dá ao jovem eleitor “bagagem” para que, no futuro próximo, saiba definir e escolher o melhor candidato para assumir cargos eletivos”.

“O grêmio estudantil tem que ser uma ferramenta bastante utilizada pelo jovem estudante como instrumento de reivindicação para questões ligadas à escola e a comunidade onde vive”, finalizou Evanovick.

Outra conquistas são comemoradas. É o que relata o estudante do 2º grau do Centro de Ensino Médio 02 (CEM 02), no Gama, André Carvalho. “Voz ativa dentro da escola e ser respeitado como um grêmio estudantil foi uma grande conquista. Outra grande realização foi a reforma da biblioteca da escola, motivada através de uma mobilização que fizemos no ano passado”, comemorou o jovem.

Para Taís Araújo, aluna do 2º ano do ensino médio da escola estadual Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, e presidente do grêmio estudantil Olímpus a menos de um mês, a presença da entidade dentro da escola possibilita várias mudanças. “Através do grêmio conseguimos dialogar. Nossa principal bandeira, no momento, é conseguir colocar armários para os alunos dentro das salas de aula. Isso evitará que os alunos carreguem peso durante o intervalo das aulas, além de diminuir o número de materiais perdidos”, afirmou a aluna.

O grêmio estudantil na formação do cidadão

O grêmio estudantil, além de abrir um leque de possibilidades para que os jovens alunos se mobilizem e se fortalecerem em busca de um bem comum, contribui de forma significativa para o crescimento do cidadão como pessoa. É o que garante Arthur Ribeiro, Coordenador Geral do Grêmio Livre “Atitude”, entidade que representa os estudantes do Centro de Ensino Médio 02 (CEM 02).

“A formação política é fundamental não só pra um quadro de grêmio. É também fundamental para qualquer cidadão. Um estudante que vota bem na eleição de um grêmio elegerá futuramente bons representantes de estado”, afirma.

Para a diretora de grêmios da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Grabrielle D’Almeida, o principal ponto de debate sobre a organização dos estudantes na formação do grêmio estudantil é fazer com que eles não fiquem parados. “O grêmio tem como principal objetivo conseguir mesclar várias atividades, como debates, passeatas, recreação cultural, entre outras mobilizações. Tem que haver inquietação, sempre”, pontua.

Gabrielle comenta ainda que, quando o jovem vai participar do movimento estudantil, começando pelo grêmio, “deve-se ter em mente a visão do que pode ser mudado com o empenho de todos. Por meio da organização, abre-se espaço para opinião, debate e solidariedade, democraticamente. É preciso ter consciência de que cada uma dessas opiniões pode fazer a diferença”, concluiu.

A presidente do grêmio estudantil da Escola Estadual Presidente Médici e diretora regional da UBES na Paraíba, Marília França, alerta para as benfeitorias que o grêmio proporciona não só para a escola em si, mas também para toda a comunidade.

“As atividades permitem a integração entre os alunos e pessoas de fora da escola, como a organização de campeonatos, discussões sobre temas importantes como drogas e sexo, projetos que visam maior conforto, qualidade nas aulas e, o mais importante, a integração entre todos que participam desse ciclo, como os pais dos alunos, funcionários da escola e, por que não, de toda a comunidade”, diz.

“É preciso entender que o grêmio estudantil cumpre um papel importantíssimo, que além de ser a representação maior do estudante, contribui com as lutas de avanço para a vida acadêmica do jovem estudante”, conclui.


Para começar, quantas pessoas devo reunir?
Montar um grêmio estudantil na sua escola é muito fácil. Para isso, primeiro é necessário que você mobilize uma galera, estamos falando de cinco ou seis pessoas que, igual a você, tenha a ambição de lutar por uma boa qualidade no ensino de sua escola. Reunido o pessoal, o primeiro passo é fazer com que todos os alunos da escola saibam da vontade de se ter um grupo que defenda os seus interesses no ambiente escolar.

Reunida a galera, como formar efetivamente o grêmio?

Após montar uma comissão pró-grêmio, ou seja, o grupo de pessoas que juntamente com você irão fazer parte da organização deve, primeiramente, manter contato com a direção da escola para expor a necessidade de haver um grêmio estudantil.

Feito isso, o próximo passo é convocar uma reunião geral com todos os alunos para poder explicar todos os critérios de como será feita a eleição, desde as datas para inscrição da chapa (grupos que concorrerão à liderança do grêmio), regras de campanha e votação.

É sempre muito importante que nesse processo tenha gente com experiência. “É fundamental que o representante eleito do grêmio fique sempre em contato com o pessoal da UBES para ficar por dentro de todas as mobilizações da entidade”, explicou Arthur Ribeiro.


Para saber mais sobre como montar um grêmio na sua escola, entre em contato com a diretora de grêmio da UBES, Gabrielle Gonçalves D’Almeida, através dos contatos abaixo:


E-mail: gremios@ubes.org.br

Fone: (11) 3135-6906 / (11) 5082-2924 / (11) 5084-5219


Regional Maranhão/Piauí

Email: maxsuel_ubes@fma.edu.br

Cel: (98) 81719719


Paulo Tonon


Fonte: estudantenet